Vários autores descreveram, em vários sectores do Noroeste Peninsular, a sucessão de fases de delormacão penetrativa que afectaram os terrenos do Paleozóico, e tentaram estabelecer as relacões entre a deformacão e o metamorfismo regional plurifacial. É possível correlacionar aquelas diferentes fases de deformacão seguindo-as lateralmente e tendo em conta as referidas relacões deformacãometamorfismo regional. Assim reconhece-se a sucessão de três etapas de deformacão F1, F2, F3. Nos níveis estruturais superiores F1 está bem conservada e F2, F3 sao essencialmente deformacões pós-cristalinas, mas nos níveis estruturais inferiores as estruturas F1 foram transpostas por F2 que dá a xistosidade regional. Nestes últimos domínios o pico do metamorfismo regional é atingido durante ou após F2. A idade das diferentes fases é variável consoante as zonas paleogeográficas e tectónicas, sendo sempre mais recente de Oeste para Leste, escalonando-se do Devónico médio(?) ao Estefaniana. Conclui-se pela inexistência de uma fase de orogenia Caledónica no Paleozóico do Noroeste Peninsular, que outros autores têm pretendido evidenciar.

Leidse Geologische Mededelingen

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Noronha, F., Ramos, J. M. F., Rebelo, J. A., Ribeiro, A., & Ribeiro, L. (1981). Essai de corrélation des phases de déformation hercyniennes dans le Nord-Ouest Péninsulaire. Leidse Geologische Mededelingen, 52(1), 87–91.